Os servidores Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) seguem em greve no estado do Espírito Santo desde o dia 1º de junho contra os baixos salários e as precárias condições de trabalho. Inicialmente, os servidores fizeram panfletagem para informar à população sobre a luta para garantir extensão rural de boa qualidade à agricultura familiar. Eles estão sem reposição das perdas salariais, que já chega a 20%; as condições precárias dos escritórios locais e a cota de combustível que não dá para atender com qualidade os produtores rurais e a falta de equipamento de proteção individual (EPI), entre outras precariedades.
Na semana passada, servidores dos escritórios locais de Iconha e Alfredo Chaves, Sul do Estado, entre outros, fizeram panfletagem na feira de Alfredo Chaves conquistando apoio tanto dos produtores locais quanto da população.
O movimento conta com o apoio da Federação Nacional dos Trabalhadores da Assistência técnica e do Setor Agrícola (Faser), do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Alfredo Chaves, escritórios e núcleos locais de Ater, entre outras.
O Núcleo Caparaó também esteve organizado e, na semana passada, os servidores locais se reuniram e fizeram um planejamento de ações a serem colocadas em práticas durante a semana. Os produtores de Piúma mostraram seu apoio à greve dos servidores do Incaper, pois estão a favor da pauta da categoria, que é também pela valorização do servidor, para garantir a qualidade do serviço e consequentemente, o bom atendimento ao produtor rural em todas as suas necessidades.
Em seguida, o coordenador-executivo da Faser, Adolfo Brás Sunderhus, falou sobre a importância da extensão rural como um sistema de aproximação do governo com a população e ressaltou a insensibilidade e a falta de diálogo por parte do governo do Estado. Ele encaminhou um manifesto aos deputados para ser entregue ao governador, denunciando a forma como a agricultura tem sido tratada no Espírito Santo.
O secretário de assuntos jurídicos do Sindipúblicos, Amarildo Batista Santos, ressaltou a pauta dos servidores do Estado, que também é parte da pauta dos servidores do Incaper e criticou os números gastos pelo Estado em publicidade e a isenção fiscal. Santos também disse que o sindicato vai entrar com uma denúncia junto a órgãos internacionais sobre as condições de trabalho das fazendas do Incaper.(Cecília Gonçaves//Fonte: Assin-ES)