SUNDERHUS; Adolfo Brás1
Dario; Thanany Machado2
Um dos exemplos mais práticos que ocorre atualmente diz respeito a cadeia alimentar e sua importância para a sobrevivência das espécies, inclusive a do ser humano. É muito comum a sociedade esquecer daquilo que não vivenciou, mesmo após a experiência teórica no seio da família e da escola.
Assim, num exemplo simples, vamos imaginar todos os sapos sendo exterminados, o que aconteceria?
Antes de respondermos a essa pergunta temos que levar em consideração que na cadeia alimentar somos importantes e principalmente iguais em nossas responsabilidades, principalmente para com o equilíbrio natural de nosso ambiente. Quando alguém foge a este compromisso os danos são para todos e muitas vezes de difícil controle.
Esta reflexão vem no momento em que vivemos um grave problema de saúde pública na região sudeste do Brasil: o agravamento de uma endemia que em 42 anos sequer se tinha notícia. A FEBRE AMARELA.
Não se sabe ao certo se efetivamente a conversa abaixo descrita existiu, mas que ela nos traz uma forte reflexão sobre a quebra da cadeia alimentar e seus reflexos na saúde pública lá isso é verdade:
Segundo o que se relata no facebook o ambientalista André Ruschi, há um ano atrás, em um de seus trabalhos em uma fazenda no município de Baixo Guandu, às margens do Rio Doce, fez a seguinte pergunta a um gerente: “você tem ouvido os sapos....” ao que “o gerente respondeu que não”. “André disse: então se preparem para um surto de febre amarela, pois sem peixes e sapos é inevitável isso acontecer”.(https://www.facebook.com/portalconfluencias/photos/a.430254693832680.1073
741828.429971363861013/595020564022758/?type=3&theater . postagem de 22 de janeiro de 2017).
A lama que encheu o Rio Doce matou além dos peixes que comiam as larvas, os sapos que comiam os mosquitos que transmitem a febre amarela. Ora! Na teoria todos aprendemos que essas espécies estão na base da cadeia alimentar, formando um elo forte e muito importante no equilíbrio dos ecossistemas.
Assim a extinção e/ou mortandade delas, bem como o declínio de suas populações causaram e causam prejuízos irreparáveis para sustentabilidade do equilíbrio natural. Somente evitaríamos a contaminação da população se a sociedade e o poder público cumprissem com o compromisso de zelar pelas etapas importantes neste equilíbrio.
Aí está a resposta ao questionamento anteriormente feito.
Infelizmente não é a nossa realidade, afinal o que importa para a grande maioria, seja sociedade seja poder público, é a ânsia de se auferir o lucro acima de tudo, acima até da própria segurança e sustentabilidade do ser humano.