Reunidos nos dias 21 e 22/3, em Brasília, lideranças dos movimentos sociais e organizações que representam a sociedade civil do campo retomaram as reuniões do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf).
Desde 2016, os conselheiros conversavam com o Governo sobre a importância de manter a participação popular, para construção das políticas públicas de cada região. Agora dialogaram sobre o formato que o Condraf vai assumir nessa conjuntura política, as prioridades do conselho, as demandas da sociedade, as políticas de regularização fundiária, comercialização, políticas para as mulheres, Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) e as ações para o semiárido brasileiro.
Para Juliano Pörsch, da Federação Nacional da Assistência Técnica, Extensão Rural e do Setor Público Agrícola do Brasil (Faser), houve frustração da sociedade civil na proposta de reformulação do Condraf, não levando em consideração o que foi construído pelo Conselho e instituído pelo decreto nº 8.735 de 3 de maio de 2016, onde a representação se daria por 2/3 da sociedade civil e 1/3 do governo, bem como a presidência seria eleita pelo plenário.
Neste sentido, o novo decreto deve estar em sintonia com a efetiva representatividade dos públicos do mundo rural brasileiro em todo o seu território, observou Pörsch.
Marcos Rochinski, coordenador da CONTRAF BRASIL e conselheiro do Condraf, também disse que houve algumas frustrações na atual composição do conselho, no entanto a posição do Governo foi de ser um espaço paritário.
Como conselheiro sei do esforço que tivemos para retomar as atividades do Condraf. Apesar das divergências, o importante é que conseguimos assegurar este espaço de participação com diferentes povos do rural brasileiro para que de fato nosso campo seja representado, disse Rochinski. (CecíliaGonçalves/assessoria)