Na discussão on-line na noite do dia 25/6, a coordenadora-geral da Faser, Lúcia Morais Kinceler, defendeu a manutenção dos serviços de assistência técnica, extensão rural e pesquisa de Mato Grosso, ameaçados de extinção por dívidas de gestões anteriores, chamando à reflexão sobre a repercussão para o estado se a empresa deixar de existir.
Ela entende que é preciso estabelecer estratégias para resolver os problemas da Empresa, que não consegue se estruturar nem captar recursos federais para custeio, entre outras limitações de suas atividades.
“A gente tem que tomar cuidado com as dívidas para não as colocar nos ombros dos trabalhadores, pois são eles que estão lutando por esta instituição”, disse a coordenadora-geral da Faser, entidade que lidera mais de cinco mil trabalhadores do setor. Ela chamou à atenção para a responsabilidade dos atuais gestores sobre o que estão fazendo para mantê-la em funcionamento.
Ela também mostrou grande preocupação com a fala do deputado estadual governista Carlos Avallone (PSDB/MT) de que o governador desconhece o trabalho da Empaer, questionando, o que os trabalhadores e deputados estaduais precisam fazer, para sensibilizar o governador sobre a difícil situação que a Empresa vive.
Ela defendeu medidas para assegurar empregados que vão ficar no pós-PDV. Que a comissão da Empaer seja clara e transparente, mostrando quais são os pontos de fragilidades que devem ser tratados para que tenha a solidez e robustez para manter e estruturar esses empregados que querem continuar contribuindo e tem uma vasta experiência sobre agricultura familiar, conhecimentos que não podem ser perdidos.
“A gente tem que cuidar para que não sejam drenados o conhecimento, história e cultura que foram construídos dentro da Empaer por profissionais qualificados que conhecem a agricultura familiar. É isso que tem que ser entendido pelo governador porque embora os grandes empresários mantenham o equilíbrio da balança comercial de Mato Grosso, é a agricultura familiar que leva os alimentos à mesa do cidadão”.