SUNDERHUS; Adolfo Brás1
O enfrentamento dos desafios elencados nas partes I e II, no meio rural, requer novas ferramentas teóricas, novas práticas de produção e, sobretudo o resgate dos saberes e dos valores e da criação coletiva de novos saberes e valores, com ética e comprometimento social produtivo econômico ambiental político dentro de um víeis humanizado, capaz de promover o desenvolvimento de habilidades e competências comprometidos com mudanças em prol da sustentabilidade hoje e do futuro.
Gera também uma crise de percepção e para manter o atual estilo de vida concentrador, destroem-se os sistemas de suporte da vida e do ambiente natural.
Poluímos as águas que bebemos o ar que respiramos e os solos que produzem nossos alimentos. Acabamos com as florestas que garantem a água, o clima ameno, o ar puro e o solo produtivo. Por último, dizimamos os animais que compõem a teia da vida e tornamos alguns deles nossos escravos para servirem de fonte de proteínas. Criamos um caos na cadeia alimentar natural e para nossa sustentabilidade social e econômica, comprometendo as gerações futuras.
Precisamos com urgência gerar uma nova crise com a percepção da necessidade de exercitarmos nossa solidariedade e nossa mudança de comportamento e atitudes para um novo estilo de vida comprometido com a qualidade de vida e de uma vida com qualidade, sustentável para a atual geração e para as que virão a partir de cada um de nós.
1. Engenheiro Agrônomo
Agente de Extensão em Desenvolvimento Rural - INCAPER
Coordenador Executivo da FASER
Federação Nacional dos Trabalhadores da Assistência Técnica e Extensão Rural e do Setor Público Agrícola do Brasil