Debate para pacto para o fortalecimento da Ater reúne ministra da agricultura e entidades do setor

Faser que representa mais de 25 mil trabalhadores participou do evento

silva

Realizado debate virtual nesta quarta, 02/12, para o pacto para o fortalecimento da Ater, promovido pela a Frente Parlamentar de Ater. O presidente da Frente, deputado federal Zé Silva (Solidariedade/MG) foi o facilitador. A coordenadora-geral da Faser Lúcia Morais Kinceler que  representa 25 mil trabalhadores, 15 mil dos quais atuam atualmente na ATER pública destacou que é uma honra participar desse processo e ser ouvida, para apresentar não só os problemas mas também os indicativos e busca de solução para nossa agricultura.

Lúcia  relatou que a questão foi tema de uma revolução da agricultura (1700) a partir daí tivemos uma revolução industrial que foi até a revolução da informação justo em um momento que a Embrater foi criada em 1970. A partir do ano 2000 entramos nessa revolução com a era do conhecimento que é baseada no tripé processos, tecnologias  e pessoas. “Nós como trabalhadores da Ater pública somos os principais interessados do fortalecimento dela. Esses 72 anos de trabalho que a gente está aniversariando, no entanto, a partir de 1990 que a Embrater deixa de existir os estados começam a apresentar dificuldades seja por falta de visão estratégica para manter as suas estruturas sólidas para poder dar continuidade nos seus serviços”.

lucia morais

Com isso, prossegue a coordenadora-geral da Faser, hoje, só 20% dos agricultores estão recebendo um atendimento adequado. E por isso a preocupação da ministra na sua ansiedade de atender os outros 80%. A gente vê como premente que se defina diretrizes estruturais nos estados para um serviço de Ater, da mesma forma que existe para os serviços essenciais de saúde, segurança e educação.

Tanto que existe movimento em Minas Gerais e Distrito Federal já conseguiram reconhecimento de nosso serviço como essencial. Nós da Faser começamos a motivar para que todos os outros estados também consigam esse reconhecimento. E através dessa essencialidade puxar para o nível federal essa definição, identificação, diretrizes para que apoiem os estados para que eles tenham um rumo e a gente consiga ter dentro da Ater a agricultura brasileira com dois hemisférios que tenha pesquisa, assistência técnica e extensão rural.

Esse cérebro que comanda dentro da era do conhecimento a nossa agricultura. E nós pensando em conhecimento nós pensamos em parcerias, em pessoas que são a válvula motriz desse tripé da era do conhecimento porque a tecnologia está trazendo até 4.0 ela é importante – os processos a melhoria também é importante, mas sem as pessoas a gente não vai conseguir chegar em lugar nenhum.

São essas empresas estaduais que tem feito um atendimento de forma continuada com uma visão sistêmica, holística em caráter continuado, pensando no ambiental, no social, não só no econômico. É a fé pública que está comprometida com as políticas públicas de forma mais ampla que gera conhecimento, que conhece cada beneficiado atendido, seja agricultor, seja quilombola ou indígena.

É claro que para estruturar isso a gente tem algumas questões, explica Kinceler, que é formatar alguns eventos fazer troca de experiências identificando as melhores práticas, que elas estejam replicadas em todas as partes do Brasil. É claro que a gente vai precisar dos recursos e isso o deputado Zé Silva tem trabalhado bastante. A gente fica muito honrada com esse seu trabalho que em um ano trouxe tantas respostas para as propostas contidas no pacto e a gente também tem alguns questionamentos porque o PL 790 que traria recurso para a agricultura ficou parado e não tem relator.

O deputado está preocupado com a junção da Emater-MG com a Epamig. É o que eu vivo dizendo é que por trás das ações o mais importante são as intenções e as implicações. É isso que a gente precisa identificar. Confessar aqui nossa grande preocupação com o PL 4371 pois para compartilhar os recursos preocupa muito ainda mais que para o próximo ano os recursos serão bem menores. Teremos mais dificuldades apesar dos grandes avanços nesses projetos que foram propostos no pacto. Deixamos aqui nossa preocupação com o PL 4371. A gente acredita que precisa haver um detalhamento dos recursos, não apenas da forma como ele está, mas que fique claro porque a gente sente a necessidade de um fundo de recursos para a Ater pública. Ela não tem hoje a estruturação através dessas diretrizes, dessas políticas e metodologias que poderiam vir do nível federal para apoiar e fortalecer a ater nos estados.

tereza

Participaram do evento virtual, a ministra da agricultura, pecuária e abastecimento, Tereza Cristina, o presidente da frente parlamentar da agricultura familiar, dep. Heitor Shuch ; o presidente da academia brasileira de extensão rural – Aber, Hur Ben ; a coordenadora da faser, Lucia Morais Kinceler ; ao presidente da Contag, Aristides Veras; o superintendente da OCB, Renato Nobile , representando o presidente Márcio Lopes; o diretor-geral do serviço nacional de aprendizagem rural (Senar) Daniel Klüppel Carrara , representando a CNA; o coordenador geral da Contraf, Marcos Rochinski ; o presidente da Asbraer, Nivaldo Magalhães ; o presidente da agência nacional de assistência técnica e extensão rural- Anater, Ademar Silva Júnior;  extensionista agropecuário em Pará de Minas e diretor geral do Sinter-MG, Fábio Alves de Morais; o coordenador da Emater-MG, Argileu Martins.

Acesse a íntegra do debate virtual clicando no link abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=fWc3jBgDNsk

Cecília Gonçalves/Faser

 

 

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