Sunderhus; Adolfo Brás
A Extensão Rural em seu nascimento impunha de forma avassaladora e determinante que o Extensionista deveria ser apolítico. O momento desta concepção teve o propósito de fazer da extensão rural apenas uma ferramenta de transferência de tecnologia, negando ao extensionista sua ação de pensar em proporcionar transformação social, produtiva, econômica e ambiental para melhoria da qualidade de vida das pessoas, uma vez que a ação extensionista nos impõe a necessidade de estabelecermos uma convivência social e um ambiente propício à troca de saberes e conhecimentos, que por si só é um processo de caráter político. Ou seja, não é possível dissociar o Extensionista da ação política.
Na atualidade o Extensionista Rural precisa adentrar na discussão política dos processos de transformação que possam levar a agricultura familiar e camponesa a ocupar cada vez mais o seu papel como protagonista na transformação social no campo e na produção de alimentos sadios para sociedade rural e urbana.
Este novo agir e pensar coloca o trabalhador da Extensão Rural à necessidade de saber onde está inserido, com quem se relaciona e, sobretudo, para onde caminhar. Cada vez mais o meio rural chama o Extensionista, não mais para ser transferidor de tecnologias, mas sim para ser o agente de desenvolvimento local a partir do dialogo e da interação com a comunidade rural, com as famílias e suas formas de organização.
Neste víeis da ação Extensionista, temos a oportunidade de mostrar para sociedade o nosso trabalho e o nosso compromisso com a agricultura familiar e camponesa e com a produção de alimentos sadios e para com o abastecimento alimentar interno. Uma ação política, de transformação que gera micro revoluções na roça e no roçado.
[1] Engenheiro Agrônomo
CREA – ES 2146 D / 11ª Região
Coordenador Executivo da FASER
FASER – Federação Nacional dos Trabalhadores da Assistência Técnica e Extensão Rural e do Setor Público Agrícola do Brasil